[EMI-Valentim de Carvalho - 1989]
1. Excesso, Aqui
2. Entre O Nada E O Nada
3. Euforia
4. Desnexos (Essenciais)
5. Dias Atlânticos
6. Sobre Humor
7. Histórias De Desejar
8. Faz De Conta
9. Suave
10.No Imenso Absoluto
Terceiro álbum da carreira dos BAN, mas o segundo da nova e assumida sonoridade pop de cariz dançante, "Musica Concreta" sucede ao bem recebido "Surrealizar" e aprofunda ainda mais a investida do grupo numa vertente cada vez mais "dance" e electrónica.
O disco é composto por alguns dos melhores momentos da musica pop produzida em Portugal, em que a grande maioria deles, têm tudo para serem hit-singles.
Curiosamente, penso que num tema foi realmente editado em single, pelo menos com intuito comercial, talvez por em 1989 estarmos numa fase de trasnição e o formato 7 polegadas estar a perder importancia no mercado discográfico.
Ainda assim, houve alguns feitos exclusivamente para promoção, tendo as rádios como o alvo preferencial.
Um deles foi "Dias Atlânticos", que rodou imenso nas rádios, este lembra-me sempre "O Cantante", programa de Luís Montêz na Rádio Comercial.
O outro foi "Suave", tema que não obteve grande airplay, o que até nem se estranha, pois estava longe de ser um dos temas mais fortes e com appeal comercial do disco.
Nessa linha de temas que tinham tudo para ser hit, e em parte até o conseguiram nas pistas de dança, destaco "Excesso, Aqui", "Entre O Nada E O Nada" e "Euforia", este último com a participação de Sei Miguel.
Facto curioso, mas que pode ter passado despercebido, é que este "Musica Concreta" acaba, como o próximo disco, "Mundo de Aventuras" começa. Ou seja, a banda de João Loureiro recorre ao uso de "sampling" e alguns dos temas do álbum seguinte, usam sons de temas deste álbum de 1989. O caso evidente é o "Intro" do disco de 1991, mas também o tema principal, ou seja, "Mundo de Aventuras". Oiçam-nos com atenção e verão que existem ali elementos de musicas deste belíssimo "Musica Concreta".
Os BAN estão com regresso anunciado, depois de finda a desastrosa carreira de João Loureiro nos meandros do futebol.
Mas pelo que tive oportunidade de ver, numa peça que passou num canal televisivo, o grupo está reduzido apenas a 2 ou 3 elementos, dos que pertenciam ao ultimo line-up conhecido e traz também uma nova voz feminina, o que significa que Ana Deus não regressou ao grupo.
A mudança vai ainda mais longe, e anunciam os novos BAN que vão cantar em inglês, o que eu me pergunto, porquê e para quê?
2 comentários:
Este é o 2º album do grupo. Antes do "Surrealizar" apenas tiveram singles/máxis/mini-lps. Também vi essa reportagem e não gostei nada da sonoridade. Mais valia mudar de nome para não estragar o legado embora confie que possa vir a ter coisas interessantes.
este é o 3º álbum do grupo
o Alma Dorida, mini ao não, é o 1º Album da banda!
este é o segundo da nova sonoridade menos cinzenta-o-depressiva
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