Nos últimos anos, tornou-se habitual ouvirmos falar da queda generalizada nas vendas de discos. As razões, são mais que conhecidas. Mas na realidade, o que vai parecendo por ai na imprensa, são meros dados percentuais. O que deixa completamente por se saber, qual a verdadeira realidade dos números. Ou seja, quantos discos se vendem, na realidade, no nosso pais?
Só assim poderíamos fazer uma comparação real. Não ponho em causa que, se compararmos as unidades que agora se vendem, com as que se vendiam a meio da década de 90, os números não sejam muito mais baixos. Isso não está aqui em causa. Até porque, na década de 90, com o fenómeno CD, as vendas atingiram níveis quase impensáveis. Não só pela enorme penetração de mercado que o CD obteve, mas também pela enorme oferta que existia, não só em lojas de discos, que passaram a existir em todas as cidades do pais, tornando assim a aquisição mais acessível, bem como pelo aparecimento das Mega-lojas, nunca antes existentes, ou ainda, pela comercialização deste formato em supermercados, com altíssimos números de visitantes e compradores, que por eles vagueavam 7 dias por semana. Isto já para não falar, de que as vendas, nessa época, incluíam uma enorme percentagem de fundo de catálogo, que milhares de pessoas voltavam a comprar, pelo facto de terem deixado de usar o vinil e trocado para o “recém-chegado” CD. Com todos estes factores, era impossível que as vendas não se tornassem megalómanas.
Mas... e se comparássemos os dados das vendas de hoje, com as vendas na década de 80?
Será que existe assim, tão grande discrepância? Era algo que gostava de poder fazer.
Mas... e se comparássemos os dados das vendas de hoje, com as vendas na década de 80?
Será que existe assim, tão grande discrepância? Era algo que gostava de poder fazer.
Mas, infelizmente, os números que são do conhecimento público, são apenas os percentuais das quedas ou a quota de mercado desta ou daquela editora. Ficamos na realidade por saber, quantos discos (falo de objectos físicos) se vendem em Portugal hoje em dia.
Pode ser que alguém decida dar essa resposta. No mínimo seria interessante.
Contudo, qualquer dado oficial sobre as vendas de discos em Portugal, é e será sempre subjectivo. Isto porque, quem divulga os números das vendas em Portugal é a AFP. Mas apenas inclui os discos das editoras associadas que constituem esta associação. Pelo que ficam sempre de fora, um grande número de discos. Eu diria mesmo, quase um mercado paralelo, se juntarmos as importações directas das lojas, de distribuidoras não membros da AFP, dos próprios consumidores, que se tornaram também eles importadores directos e para já não falar do mercado de usados, que também representa uma boa fatia da venda de musica, hoje em dia.
Mas fica o repto, agora estamos quase no fim do ano e é sempre altura de balanços, conseguir-se realmente saber, oficialmente quantos discos ainda se vendem em Portugal.
Pode ser que alguém decida dar essa resposta. No mínimo seria interessante.
Contudo, qualquer dado oficial sobre as vendas de discos em Portugal, é e será sempre subjectivo. Isto porque, quem divulga os números das vendas em Portugal é a AFP. Mas apenas inclui os discos das editoras associadas que constituem esta associação. Pelo que ficam sempre de fora, um grande número de discos. Eu diria mesmo, quase um mercado paralelo, se juntarmos as importações directas das lojas, de distribuidoras não membros da AFP, dos próprios consumidores, que se tornaram também eles importadores directos e para já não falar do mercado de usados, que também representa uma boa fatia da venda de musica, hoje em dia.
Mas fica o repto, agora estamos quase no fim do ano e é sempre altura de balanços, conseguir-se realmente saber, oficialmente quantos discos ainda se vendem em Portugal.
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