domingo, 10 de janeiro de 2010

STREETS OF FIRE


Se há filme que ficou como marca dos tempos loucos de juventude, foi sem dúvida este "STREETS OF FIRE", cá apelidado de "ESTRADA DE FOGO".
A malta toda do meu bairro, os mais ou menos ligados nestas coisas da musica, invadiu o Cine-Centro da Covilhã e marcou presença na projecção deste filme.
Os ingredientes eram mais que muitos. Havia acção, porrada quanto baste, uma história passada nos loucos 50's, em plena ascensão do "rock'n'roll", uma história de amor, mas sobretudo, uma banda sonora poderosíssima, capaz de não deixar ninguém quieto ou indiferente.
Aquilo foi curtir à brava! Foi como ir ao cinema e ter direito a um concerto do melhor rock'n'roll. Foi tipo 2 em 1.
Por cá, o filme só estreou em 1985, depois de algumas musicas já passarem com bastante regularidade nas rádios. O que ajudou imenso e criou uma expectativa altíssima.
O dia chegou e lá fomos nós ver a película, que versa em torno do rapto de uma cantora, Ellen Aim, papel desempenhado por Diane Lane, durante um concerto de regresso ao seu bairro e dos intentos de Tom Cody (Michael Paré), ex-namorado de Ellen, em a resgatar do bando de "motards" que a sequestrou, os "Bombers", liderados por Raven Shaddock (Willem Dafoe).
Num ambiente "dark" e carregado, onde acção não falta, como é habitual em filmes sobre "gangs" e outros rufias do género, emerge uma banda sonora à medida, que dá ao filme uma dimensão brutal.
O momento alto dessa conjugação, entre a musica e a acção do filme, é a interpretação de "Nowhere Fast" pelos Ellen Aim & The Attackers.
Outras das interpretações inesquecíveis do filme são as dos The Sorels, em "I Can Dream About You" e o final apoteótico de Ellen Aim & The Attackers, quando o filme se despede com "Tonight Is What It Means To Be Young".
Isto são os nomes no filme de Walter Hill, basta consultar a banda sonora, para ver quem realmente estava por detrás destes 3 clássicos.
O filme esteve previsto ter sequência, mas ao que parece, devido ao falhanço comercial na América (sacanas dos americanos!!!), os projectos seguintes ficaram na gaveta.
Mas isso nem é mau de todo, quantos filmes memoráveis não tiveram sequelas de fugir a sete pés?
Já agora, como as nossas televisões andam sempre a passar os mesmos filmes, que tal recuperarem este clássico? Não custava nada e à malta dava imenso jeito.

1 comentário:

Paulo Costa disse...

Posso dizer que a Diane Lane, foi o meu grande amor cinematográfico da altura por causa deste filme! E o Michael Paré (de quem se disse na altura que era a futura grande estrela de hollywood, mas que acabou por ser votado ao esquécimento depois de uma série de filmes falhados), era um daqueles herois que sonhávamos ser, por ser tão "cool". Ainda há pouco tempo "desenterrei" este filme na net. Não se pode dizer que envelheceu graciosamente, mas que traz recordações, lá isso traz...