[EMI - 1989]
DISCO 1
Lado-A:
1. Rui Veloso - Chico Fininho
2. Fisher Z - So Long
3. Cliff Richard - Dreamin'
4. Rita Lee - Lança Perfume
5. Kate Bush - Babooshka
6. Kim Carnes - Bette Davis Eyes
7. Adrian Gurvitz - Classic
Lado-B:
1. Kim Wilde - Cambodia
2. António Variações - É P'ra Amanhã
3. Kenny Rogers & Sheena Easton - We've Got Tonight
4. Duran Duran - Save A Prayer
5. Trovante - Saudade
6. Peabo Bryson e Roberta Flack - Tonight I Celebrate My Love
7. Lena D'Água & Banda Atlântida - Sempre Que O Amor Me Quiser
DISCO 2
Lado-A:
1. Queen - I Want To Break Free
2. Tina Turner - What's Love Got To Do With It
3. Scorpions - Still Loving You
4. Rádio Macau - A Vida Num Só Dia
5. Marillion - Kayleigh
6. Pet Shop Boys - West End Girls
7. Sétima Legião - Sete Mares
Lado-B:
1. GNR - Efectivamente
2. Joe Cocker - Unchain My Heart
3. Heróis do Mar - O Inventor
4. Gipsy Kings - Bamboleo
5. BAN - Irreal Social
6. Climie Fisher - Love Changes (Everything)
7. Roxette - The Look
Mesmo no final da década, a portuguesa EMI-Valentim de Carvalho, decidiu fazer um balanço da mesma, através da edição de uma compilação em LP-Duplo.
Foram escolhidos 28 temas exemplo da década. Foram estes, podiam ser outros, mas o alinhamento é composto por um lote, que dificilmente poderão ficar de fora, numa qualquer análise à década dourada, a que se dedica este blog.
Neste alinhamento do disco, a maioria dos temas, para não dizer todos (tenho a ideia que os Gypsy Kings eram da CBS), eram temas do repertório da EMI. Como tal, não necessitou adquirir o direito dos temas. Assim se explica a sua presença, em detrimento de vários outros, também eles obrigatórios da década. Normal neste tipo de compilações.
Num dos inserts do LP, encontramos o seguinte texto:
" A década começou com o Afeganistão e a perspectiva de um Vietname à russa - ou de outro Cambodja. Kim Wilde não deve ter pensado nisso... E, depois, fechou com a queda do Muro de Berlim. Fechou-se o ciclo. A partir daqui, o mundo não vai ser o mesmo.
Um actor chegou a Presidente dos EUA e Mrs. Thatcher continuou de armas e bagagens no Nº 10 de Downing Street. A América Latina continuou a ferro e fogo, sonhando com a paz. O Brasil votou, sambou e bagunçou e exportou telenovelas e jogadores de futebol. Como de costume lançou perfume.
No Extremo Oriente continuam a não se entender muito bem uns com os outros. Na África do Sul, os negros sonham com a liberdade de Mandela e com o fim do Apartheid; é pr'a amanhã... E, hoje já, são menos os muros. Bem haviam cantado os Queen - I Want to Break Free.
O Mundo encheu-se de "irreais sociais" - de Cicciolina bamboleando as suas formas na política italiana à impotência generalizada perante a crescente ameaça da SIDA. "What's love got to do with it?". Pelos vistos, nada...
Foi a década do teledisco como arte e como arma, o teledisco que os Duran Duran e Kate Bush tão bem souberam usar. Nunca antes a imagem tivera tanta importância - não admira que em 1989 apareça um grupo pop a sintetizar isto tudo numa canção: "The Look".
E depois houve os amigos de Alex, os saudosistas dos anos 60 unidos por um filme e por uma série de memórias. Onde está a revolta, o protesto, a vida num só dia? Ficou apenas a saudade. Em contrapartida, chegaram os "yuppies", bem vestidos, ricos e deslumbrantes. E o dinheiro que fizeram em pequenas, médias e grandes aventuras.
Os 500 anos dos Descobrimentos foram e vieram e dos "sete mares" ficou apenas a lembrança, para quem se lembra. O Monumental foi abaixo - "so long" -, as Amoreiras acima - "efectivamente". Lisboa nunca mais foi a mesma. O Bairro Alto subiu de cotação. Houve o "boom" do "rock" português (olá Chico Fininho) e o "crack" da Bolsa.
Agora, dos anos 80 apenas restam as memórias, públicas e privadas. As 28 canções deste disco são uma inesquecível banda sonora - clássicos de uma década que já passou. Nem todas foram pensadas como clássicos, mas o tempo encarregou-se disso. Álbum de recordações? "Tonight I celebrate my love"... "We've got tonight...". Não, a ideia é recomeçarmos a dançar. "
" A década começou com o Afeganistão e a perspectiva de um Vietname à russa - ou de outro Cambodja. Kim Wilde não deve ter pensado nisso... E, depois, fechou com a queda do Muro de Berlim. Fechou-se o ciclo. A partir daqui, o mundo não vai ser o mesmo.
Um actor chegou a Presidente dos EUA e Mrs. Thatcher continuou de armas e bagagens no Nº 10 de Downing Street. A América Latina continuou a ferro e fogo, sonhando com a paz. O Brasil votou, sambou e bagunçou e exportou telenovelas e jogadores de futebol. Como de costume lançou perfume.
No Extremo Oriente continuam a não se entender muito bem uns com os outros. Na África do Sul, os negros sonham com a liberdade de Mandela e com o fim do Apartheid; é pr'a amanhã... E, hoje já, são menos os muros. Bem haviam cantado os Queen - I Want to Break Free.
O Mundo encheu-se de "irreais sociais" - de Cicciolina bamboleando as suas formas na política italiana à impotência generalizada perante a crescente ameaça da SIDA. "What's love got to do with it?". Pelos vistos, nada...
Foi a década do teledisco como arte e como arma, o teledisco que os Duran Duran e Kate Bush tão bem souberam usar. Nunca antes a imagem tivera tanta importância - não admira que em 1989 apareça um grupo pop a sintetizar isto tudo numa canção: "The Look".
E depois houve os amigos de Alex, os saudosistas dos anos 60 unidos por um filme e por uma série de memórias. Onde está a revolta, o protesto, a vida num só dia? Ficou apenas a saudade. Em contrapartida, chegaram os "yuppies", bem vestidos, ricos e deslumbrantes. E o dinheiro que fizeram em pequenas, médias e grandes aventuras.
Os 500 anos dos Descobrimentos foram e vieram e dos "sete mares" ficou apenas a lembrança, para quem se lembra. O Monumental foi abaixo - "so long" -, as Amoreiras acima - "efectivamente". Lisboa nunca mais foi a mesma. O Bairro Alto subiu de cotação. Houve o "boom" do "rock" português (olá Chico Fininho) e o "crack" da Bolsa.
Agora, dos anos 80 apenas restam as memórias, públicas e privadas. As 28 canções deste disco são uma inesquecível banda sonora - clássicos de uma década que já passou. Nem todas foram pensadas como clássicos, mas o tempo encarregou-se disso. Álbum de recordações? "Tonight I celebrate my love"... "We've got tonight...". Não, a ideia é recomeçarmos a dançar. "
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