terça-feira, 13 de julho de 2010

VIVA80TV: "LIVE AID 1985"

Depois da abertura e da entrada da família Real inglesa, o verdadeiro pontapé de saida foi dado pelos STATUS QUO. A banda de Francis Rossi tocou 3 temas "Rockin' All Over the World", "Caroline" e "Don't Waste My Time", sendo que apenas os 2 primeiros estão no DVD, este foi o outro tema tocado pela banda, passavam poucos minutos do meio dia de 13 de Julho de 1985 (Sábado).


Outras das primeiras bandas a entrar em cena foram os STYLE COUNCIL, interpretando "You're The Best Thing", com a ajuda vocal de DC Lee. Mais um tema que não encontram no DVD do evento.


Também Midge Ure e os seus ULTRAVOX, no palco do Live Aid (Wembley), mas este tema, "One Small Day", é outro dos que não consta do alinhamento do DVD. Aliás só 2, dos 4 temas tocados pela banda, aparecem no DVD.


Momento épico de todo o LIVE AID. Todos os que hoje se dedicam a criticar os U2, só digo o seguinte;
- quando alguma das bandas que idolatram, tiverem uma prestação 25% próxima deste momento, dar-vos-ei razão, até lá, tirem as vendas dos olhos e vejam e oiçam os VERDADEIROS U2.
Sinto-me um verdadeiro felizardo de ter podido viver este momento, mesmo não sendo ao vivo, mas pelo menos em directo.


Outro grande momento, daquele extenso dia, foi a actuação dos QUEEN, no momento que precede a interpretação de "Hammer To Fall" percebe-se toda a magia e poder que Freddie Mercury detinha junto do público.


DAVID BOWIE em mais um momento inesquecível daquele 13 de Julho de 1985. "Heroes" clássico da carreira de Bowie, ganhava, naquele dia, um sentido muito especial. Todos podíamos ser heróis por um dia, desde que se contribuísse para a causa que moveu a montagem de todo este espectáculo gigantesco.


De entre todos os músicos que marcaram presença no LIVE AID, PHIL COLLINS merece sem dúvida uma distinção. O músico inglês começou por actuar em Inglaterra com Sting e interpretando alguns temas do seu repertório, mas através de um Concord, avião que hoje já não percorre os céus deste planeta, viajou para o outro lado do Atlântico e lá continuou a sua prestação trocando com Eric Clapton, novamente alguns dos seus temas, assim como baterista convidado na reunião dos Led Zeppelin. Curiosamente, hoje, 25 anos depois, esta proeza de PHIL COLLINS já não seria possível, precisamente devido ao desactivamento do uso do avião supersónico!!!


ELTON JOHN, depois de já ter feito um dueto com Kiki Dee, chama ao palco os WHAM!, no auge de popularidade, para em conjunto interpretarem "Don't Let The Sun Go Down On Me".


Se do lado inglês a reunião dos The Who, foi um ponto alto do dia, no Estádio JFK, em Filadélfia, os presentes puderam assistir ao regresso dos BLACK SABBATH com OZZY OSBOURNE como vocalista. Este é um dos momentos, que infelizmente, não se encontra no DVD oficial do LIVE AID.


É praticamente unânime a opinião, de que se houve bandas a quem o LIVE AID deu uma ajuda e tanto, no impulsar das suas carreiras, esses foram sem duvida os U2 e os SIMPLE MINDS. "Don't You Forget About Me" foi outro daqueles momentos que todos retivemos.


Também MADONNA, ainda longe da estrela que hoje todos conhecemos, foi no Live Aid que realmente ganhou balanço para uma conquista universal do planeta musical. Neste "Love Makes The World Go Round", contou com as participações de Nile Rodgers e dos Thompson Twins, um momento que não podemos visualizar no DVD do LIVE AID.


Outro momento pelo que esperei esse dia, foi a chegada ao palco dos POWER STATION. No entanto, esta acabaria por ser uma das minhas maiores desilusões do dia. Ao aparecem em palco, surgem com um vocalista que não era o esperado Robert Palmer, o que realmente me deixou com uma sensação algo estranha. Foi depois dito pelos comentadores da RTP, que devido a não se calarem, choveram na RTP o maior numero de reclamações de sempre, que afinal se tratava de Michael DesBarres, ex-vocalista dos Silverhead. Who?!! A verdade é que sem Robert Palmer não era a mesma coisa, como se pode comprovar nesta interpretação de "Murderess".


Já depois de ter tocado em Londres e de ter viajado de Concord, para o outro lado do planeta, onde também já tinha acompanhado Eric Clapton, PHIL COLLINS toma conta do palco e interpreta alguns dos seus grandes êxitos, neste caso "In The Air Tonight"...


...antes de se juntar a Robert Plant, Jimmy Page, na mais esperada reunião do dia, a dos LED ZEPPELIN. Além de Phil Collins, também Tony Thompson, que tinha antes tocado com os Power Station, consta deste line-up do grupo mais mítico do rock dos anos 70.


O momento final em Wembley com PAUL McCARTNEY, primeiro no clássico "Let It Be" e depois com grande parte das estrelas do Live Aid britânico, na interpretação de "Do They Know It's Christmas?". Fechavam-se 10 horas de musica no palco do Wembley, mas continuava do outro lado do mundo, no palco de Filadélfia.


Outros dos momentos pelos quais ansiei durante todo o dia, mas que também, a exemplo dos Power Station, me deixou uma amarga sensação, foi a actuação dos DURAN DURAN. Ainda assim, não podia sequer imaginar, que esta era a a última actuação dos DURAN DURAN, enquanto quinteto. Algo que só voltou a acontecer em 2003, após a reunião do grupo com "line-up" mais popular. Esta é a azarada interpretação de "A View To A Kill", tema que liderava o top de singles da altura, que por razões óbvias, não consta do alinhamento do DVD original.


Mais um grande momento do dia, no qual se juntaram dois monstros sagrados da musica, protagonizando o momento mais electrizante do dia (noite). MICK JAGGER e TINA TURNER, interpretando dois temas, também eles, originalmente gravados em dueto. "State of Shock", popularizado ao lado de Michael Jackson, o grande ausente de todo este evento e "It's Only Rock", em que TINA TURNER cantava ao lado de Bryan Adams. A verdade é que ambos ganham nova vida, nesta magnifica parceria entre "miss hot legs" e o carismático vocalista dos Rolling Stones.


Ao fim de uma maratona de 16 horas e várias dezenas de artistas, o LIVE AID chegava ao fim. A exemplo do que tinha acontecido em Londres, também em Filadélfia, o evento fechou com a interpretação do tema de beneficência, neste caso, o americano "We Are the World".

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