sábado, 8 de agosto de 2009

MICAELA - "La Isla Bonita"






[Dureco - 1986]

Por esta altura de Verão, nos idos tempos de juventude, era super habitual passar praticamente todas as noites da semana, nas discotecas que abriam, nestes dias de calor, para receber e divertir não só a juventude local, assim como a que chegada de fora, maioritariamente de França.
Um dos temas, que em 1986 rodava com alguma insistência, era o "La Isla Bonita". Originalmente era de Madonna e fazia parte do LP "True Blue", mas este foi alvo de muitas outras versões. Entre essas, esta de MICAELA acabou por sobressair. Não só porque rodava na discoteca, mas também porque acabou por figurar no alinhamento do "Super Mix 1".
Para quem não sabe, ou não se lembra o que era o Super Mix, eu diria que era a resposta portuguesa, por parte da Vidisco, à invasão espanhola, que dominava e nos inundava com as "mixes" que por lá se produziam.
Esta pratica de recriar temas conhecidos em ritmos dançaveís, foi algo que os italianos fizeram em doses industriais e que ainda hoje se mantêm como uma pratica corrente. Há poucos anos, o projecto Mad' House alcançou sucesso mundial, precisamente recriando o catalogo de Madonna em ritmos "dance".
Editoras como a Blanco Y Negro ou a Vidisco, só para dar 2 exemplos, sempre agradeceram este tipo de produções, tornando-se de grande utilidade, nas muitas compilações que foram colocando no mercado, ao longo de mais de 2 décadas. Possivelmente será de uma dessas, que acabaram por reconhecer este tema de MICAELA.
Esta MICAELA, que nada tem a ver com a portuguesa, por sinal, minha actual vizinha, alem deste momento, pouco mais deixou para recordação. Ainda assim, acabou por colocar-se a ela e ao tema, nas listas e nos alinhamentos de compilações "Italo-Disco", mas nada mais que isso.

6 comentários:

glb disse...

Vidisco é um dos meus ódios de estimação. Sobretudo a partir de 90 e pouco.

As outras editoras até tiveram de conseguir um top autónomo para as compilações.

As Super Mixs continuaram por muito tempo. Devem ter acabado há pouco.

No discogs tem Micaela e Michaela como sendo a mesma cantora.

A Micaela aparece como holandesa Em Michaela também "La Isla Bonita" com produção dos Culture Club e edição de 1988. Não sei se será a mesma cantora.

A Dureco também lançou lá fora o disco da Theresa Maiuko. Deve ter o único caso de um artista português a ter discos lá fora.

Essas pequenas editoras criaram ligações fortes e tiveram muitos sucessos no início da década de 90 (2 Unlimited, Corona, Capella, etc). Não tenho boas recordações desses temas. Se gostar de 10 temas já é muito.

glb disse...

O canal Arte anda a dar muitos programas sobre os anos 80. Ontem deu concertos de Tina Turner, Queen e "Moonwalker" de Michael Jackson.

http://www.arte.tv

Anónimo disse...

a VIDISCO e suas compilações, com essas versões adulteradas, também sempre foi posta de lado por mim.
Conheci-os depois em 1991, por razões profissionais. Um tipo que depois saiu e fundou as NZ Produções que lançou N coisas entre elas os Excessso, ia à minha loja levava maxis e depois a Vidisco licenciava. Foi assim que apareceram Capricorn e outras "batucadas" em compilações da Vidisco por volta de 1991/1993.
Mas hoje, passados todos estes anos, até lhes dou algum valor, graças a eles Portugal aparece lá fora nas edições emblemáticas e hoje clássiscos do Italo e eurodance.
O Super Mix é referencia em vários sites ao lado de MAX MIX e outros.

glb disse...

O Nuno Carvalho (e a NZ) é outro dos meus ódios de estimação.

De tudo o que lançaram apenas gosto do "Ponto Sem retorno" dos Angos (penso que é versão), do "Lugar Ao Sul" (não me lembro do nome do grupo mas até diziam que era cópia de um tema estrangeiro) e o tema do "Masterplan". Até posso gostar de mais uma ou outra coisa, mas a balança está muito pesada para o outro lado [embora lhes tire o chapéu por serem dos poucos nomes que tem um bom sentido de "marketing"]. Até pegaram nas "Histórias da Carochinha" e nas "flautas de pan". Aquilo parece que deu para o torto com um musical qualquer.

Anónimo disse...

a NZ não tem nada no curriculo, como obra, de ficar para a história. Agora comercialmente, sempre foram bem espertos. Num pais como Portugal, em que a cultura musical fica pouco acima de zero, eles souberam dar ao povo o que o povo de certeza comprava. e fizeram uma fortuna!
mas em termos de obra musical, aquilo vale ZERO! Niquels!!!

Anónimo disse...

acabei de me lembrar de algo da NZ que até simpatizei, os BAMBOOBEAT. Dentro do genero "dance" até bastante aceitavel.